Recentemente o Fernando Ricardo deixou-nos.
Não é só por ter sido o irmão do nosso amigo e senpai Carlos Ricardo, mas também por ter sido o seu melhor amigo e um dos grandes amigos e benfeitores da Associação Portuguesa Aikishurendojo.
Há dezenas de anos que o Fernando nos vem acompanhando na nossa via. Apesar de não praticar fisicamente, sempre esteve presente num sem número de ocasiões, divertindo-nos com o seu sempre presente bom humor.
Além da sua companhia, o Fernando também nos ajudou muito, abnegadamente. Acompanhando o seu mano, e amigo, trabalharam para melhorar o primeiro honbu dojo e o segundo honbu dojo. No primeiro dojo, os dois, peritos na arte da carpintaria, cobriram uma parede inteira com madeira e colocaram um chão de madeira na entrada, dando um ar oriental ao dojo e modificando o Feng Shui do mesmo. Este dojo foi frequentado por milhares de praticantes. No segundo dojo, os dois trabalharam durante várias noites adentro até de madrugada, para cobrir a enorme parede do shomen com lambrim de madeira. Tudo isto, tanto no primeiro como no segundo dojo, não custou nada à APASD. Só corações bons e dedicados fazem este tipo de trabalho. (Podem pesquisar neste blogue a ocasião em que o Fernando e o Carlos estiveram a trabalhar).
Em diversas ocasiões também o Fernando participou em vários eventos da Associação, como no 20°aniversário da APASD, em Torres Vedras. Aqui ofertou-nos um espectáculo de dança que deleitou as quase 200 pessoas presentes nesta ocasião, onde esteve presente Hitohira Saito sensei, seu filho Yasuhiro e Tittarelli shihan. Lembro-me de Tittarelli sensei ficar deslumbrado com o espectáculo, tendo sido ele também um grande amante da dança.
Grande amante do ténis, foi companheiro de prática do Luís Gomes e ensinou a dezenas de outros praticantes de ténis, que o conheciam como "O Professor ".
O Fernando amava a sua família e os seus sobrinhos e sobrinhos-netos, que tinham por ele grande estima e amor.
Bem-hajas, Fernando, por tudo o que fizestes por tanta gente. Partiste cedo demais. Ficarás sempre na nossa memória.
