Nem todos os dojos celebram o nascimento do Fundador mas, pelo menos, os alunos deveriam ser informados sobre este dia, pois faz parte da história do aikido.
Informações sobre a vida do Fundador estão disponíveis online para quem queira estudar mais. E todos deveriam estudar mais. Se todos estudassem bem a vida do Fundador, estariam todos a fazer Dento Iwama Ryu, tal como nós. Isto, claro, se quiserem realmente praticar a arte original do Fundador. Muitos sabem a história do Fundador, mas preferem estudar a arte tal como foi modificada pelo seu filho, Kisshomaru Ueshiba sensei. Isto é uma opção pessoal. Do meu ponto de vista é limitada, pois as modificações que foram feitas não permitem o estudo profundo do Takemusu Aiki, o verdadeiro aikido.
Morihei Ueshiba, aikido kaiso
(14 Dezembro de 1883 a 26 de Abril de 1969)
No dia 14 de Dezembro de 1883, em principio, nasceu o grande mestre Ueshiba. Digo em principio, pois há quem diga que nasceu um tempo antes. Como na altura havia uma grande mortalidade infantil, os recém nascidos não eram imediatamente registados. Passavam-se anos, antes de fossem devidamente registados. Por esta razão, há quem diga que O’Sensei (o grande mestre) tenha morrido perto dos 100 anos. Esta informação ouvi os mais antigos dizerem em Iwama.
Este artigo é sobre o que dizem...ou diziam em Iwama (uma vez que os mais idosos estão todos falecidos).
Ao estudar a vida real de O’Sensei, somos deparados com um homem excepcional. Os aikidokas tendem a divinizar o Fundador e fazem mal, pois assim acabam por saber pouco sobre este mestre fabuloso que nos deixou uma Via sem igual. Desde 1986 até à data tenho ido a Iwama
Neste artigo apresento apenas alguns factos sobre a vida de O’sensei. Desde os anos 80 que viajo regularmente ao Japão para estudar esta Via. Durante todos estes anos, tive muitas oportunidades de praticar com discípulos do Fundador, falar com os seus amigos, com os anciãos de Iwama, e com os meus sempai que ouviram ainda mais histórias do que eu, da vida do Fundador.
Neste dia em que lembramos o nascimento de O’Sensei, tentamos também lembrar o tipo de pessoa que ele era. A sua história já está escrita e é fácil de encontrar online. Contudo, é sempre interessante saber pequenos detalhes sobre a sua vida privada
Como já todos sabem, o Fundador do Aikido, viveu largos anos em Iwama, na altura uma pequena aldeia a uns 150km a norte de Tóquio. Foi para ali por várias razões pessoais, mas também porque para o Fundador era inconcebível haver prática de Budo sem agricultura. Até o próprio termo por ele cunhado, Takemusu Aiki, é o exemplo disso.
A agricultura
Através de conhecimentos importantes, e com a ajuda dos mesmos, o Fundador comprou uns terrenos em Iwama, num local estranho. Os locais achavam que este local estava possuído por fantasmas e demónios. Se forem hoje ao que resta da quinta de O’Sensei (pois ele vendeu muitas terras e deu outras), veremos umas estranhas pedras com escritos em sânscrito. Estas foram colocadas para proteger o dojo contra estranhos poderes.
O’Sensei, além da horta comum japonesa, também criava bicho da seda para vender a seda, tinha um pomar de kaki (dióspiro japonês) – que mais tarde foi vendido pelo segundo doshu à família Saito e também cultivava cereais.
Os seus discípulos, sejam uchideshi ou sotodeshi, tinham de ajudar nas tarefas agrícolas, razão pela qual, o Fundador muitas vezes perdia alunos, pois estes também eram agricultores e não podiam dedicar tanto tempo a trabalhar para ele. O jovem Saito veio salvar a situação.
Factos interessantes
Não foi o Fundador que chamou à sua arte Aikido. Para ele, havia Budo. Morihei Ueshiba Sensei praticou várias artes marciais ao longo da sua vida. Filho de um pai abastado e, sobrinho de um tio ainda mais abastado que o suportou durante anos, pode viver uma vida dedicada à prática do Budo. Judo, Yagyu Shinkage Ryu, Aioi Ryu, Hozoin Ryu, Daito Ryu Aiki jujutsu, Kashima Shinto Ryu, foram algumas das artes que influenciaram os estudos do Fundador. Poderão estudar mais sobre isto online. Destas todas, poderemos destacar o Daito Ryu Aikijujutsu, donde vem a maior parte das técnicas de taijutsu do Aikido; do Kashima shinto ryu, e do Hozoin Ryu vem uma grande parte das técnicas de sabre e de lança que deram origem ao Aiki-ken e Aiki-jo, depois de codificados por Morihiro Saito Sensei.
Hirai Minoru Sensei, criador do Korindo Aikido, teve um papel na nomeação da arte do Fundador, classificação esta exigida pela Nihon Butokukai, uma organização oficial que tinha como objetivo promover as artes marciais. Reunidos em conselho para decidir que nome haveriam de dar à arte de Ueshiba Sensei, uma vez que já não poderiam chamar-lhe Daito Ryu, decidiram chamar-lhe Aikido. Depois perguntaram-se “...quem vai ter com Ueshiba Sensei lhe comunicar isto?” Hirai Sensei foi o escolhido. A esta informação, o Fundador, respondeu, “Seja o que for”. Mas mais tarde passou a gostar do nome e fazia grandes discursos sobre o mesmo.
Outro facto interessante: tinha dentes postiços. Como o magoavam, muitas vezes andava sem eles, colocando-os somente quando havia visitas. Um dia Hitohira Sensei, ainda pequenino e sempre cerca do “avô do dojo”, viu o Fundador escovar a dentadura. Aproximou-se com curiosidade. O Fundador disse-lhe, “Queres ver algo engraçado?” Colocou a dentadura sorriu e depois deixou-a cair da boca ficando desdentado o que causou muito medo ao miúdo Hitohira, que fugiu a correr.
A temperatura do banho quente de O’Sensei tinha de ser perfeita. Ele tinha uma sensibilidade para poder distinguir a temperatura exata. Quando a filha mais velha de Saito Sensei nasceu, para ele foi como se uma neta tivesse nascido. Então tomava banho com a bebé e brincava com ela no banho, como é costume nas famílias japonesas. A família Saito estava por isso muito cerca de O’Sensei.
Uma vez a esposa de O’Sensei adoeceu e não podia falar, só murmurava coisas que nem ele próprio conseguia compreender. Era a mulher de Saito Sensei que conseguia compreender, pelo seu olhar, o que a senhora queria. A intimidade que os Saito tinham com o casal Ueshiba, apesar de ser um casal severo, podia notar-se claramente nestas ocasiões.
Ao limpar a biblioteca de O’Sensei em 1986, deparámos com um livro sobre Carl Marx...um livro de cabeceira....muito interessante, sendo O’Sensei ligado a grupos de extrema direita.
O’Sensei nunca estava atrasado. Em Iwama dizia, “Amanhã vou apanhar o comboio das sete da manhã”! Mas antes das cinco já estava na estação. Apanhava o comboio das cinco. Quando iam acordar Waka Sensei (o nidai doshu, Kisshomaru Ueshiba), este ficava furioso...”mas ele disse que ia no das sete”. E perdia o comboio do pai.
Quando Saito Sensei fez a discrição do seu primeiro dia no dojo de O’Sensei, ficou muito surpreendido pela rapidez com que Tadashi Abe colocou o zabuton (almofada) por debaixo de O’Sensei, quando este se sentou... Este estado de constante ato de estar adiantado, faz parte das técnicas e da vivência do Aikido. Em Iwama chamamos “itsumo mae”, sempre antecipando. Antes do mestre pedir algo, já nós nos adiantámos e estamos preparados para o pedido.
Não se fazia perguntas. Ninguém podia fazer perguntas ao grande mestre. O respeito que os alunos tinham para com ele, pode ser equiparado com o respeito que os samurai tinham para com o seu Daimyo.
O’Sensei teve vários nomes ao longo da sua vida. Usava estes quando queria. Embora o nome oficial fosse Morihei, usou também Tsunemori e Moritaka. Morihiro Saito Sensei chamava-se na realidade Morizo Saito. Foi O’Sensei que lhe deu o nome Morihiro, contudo, nos documentos oficiais, continuou como Morizo. Da mesma forma, O’Sensei sempre continuou como Morihei, oficialmente, mudando do seu nome varias vezes, pois os nomes têm um poder associado.
Livros
O Fundador do Aikido escreveu dois livros: Budo e Budo Renshu. Aparece um terceiro livro chamado Aikido-maki-no-ichi, mas é na realidade o Budo Renshu. Nestes livros podemos ver que realmente o Aikido de Iwama é o Aikido do Fundador, sendo que muitas das técnicas por nós praticadas, estão ilustradas nestes livros.
Kiai
O’Sensei era um fanático do Kiai. Não havia técnica sem kiai, com a exceção de algumas técnicas de Ninja no waza. Quando estava doente e não podia ensinar, os alunos gritavam, sentados, enquanto um ou dois praticavam tanren uchi; depois trocavam. Faziam isto para O’Sensei não se levantar. Saito Sensei dizia que muitas vezes o kiai de O’Sensei fazia tremer os vidros do dojo e ás vezes fundia as lâmpadas.
O’Sensei dizia para os alunos: “Vão lá para fora fazer kiai contra as árvores, até os pardais caírem”!
O Kiai, foi outra coisa retirada pelo seu filho, quando fez a modificação do Aikido.
Caligrafia-shodo
O’Sensei gostava muito de caligrafia e produziu caligrafias fantásticas. O seu professor foi o jovem Abe Seiseki, um génio da caligrafia. O Fundador deslocava-se a Osaka para estudar caligrafia com este mestre, que também veio a ser o seu aluno.
No Tanrenkan, em Iwama, existem dois grandes exemplares da caligrafia de O’Sensei, que convém estudar.
Religião
É verdade que o Fundador era muitíssimo religioso. Embora já não tivesse laços fortes com a religião Omoto, continuou a ser um praticante quase fanático, do Shintoismo, como atestam todos os seus alunos. Saito Sensei dizia que ele acordava por volta das 04h00 da manhã e, depois de ser ajudado por Saito Sensei a vestir-se e a lavar-se, começava as orações fervorosas da manhã. As orações eram feitas em voz alta, muito alta, e os aldeões podiam ouvi-las em Iwama (na altura o dojo ficava fora da aldeia, num pântano rodeado por florestas de cedros). Depois havia o treino e, logo a seguir, trabalho no campo. Muitas vezes a sua mulher, Hatsu-sama, à tarde, gritava para ele deixar os alunos virem comer algo, pois não parecia querer parar de trabalhar. Trabalhava a terra como que num estado de transe.
Quando saía para visitar o honbu dojo em Tóquio, ou algum outro dojo, a sua mulher chamava o “otomo” (acompanhante) e dava-lhe dinheiro para o transporte (entrava pelo comboio adentro sem pagar, pois esse era o trabalho do otomo), e para a comida, com a recomendação/ordem, de não o dar a O’Sensei, pois ele imediatamente o daria ao primeiro templo que visitava, e visitava sempre muitos.
Nos seus discursos sobre Budo havia sempre muitos alunos que adormeciam, pois - pelo menos em Iwama - tinham de ouvi-lo de cabeça baixa; nestes discursos falava sempre sobre os deuses e deusas e o Kojiki (um tipo de Biblia Japonesa). Ninguém compreendia, mas todos tinham de ouvir, ou seja, gramar os seus discursos religiosos.
As aulas começavam e acabavam com a saudação shinto, como ainda hoje se faz, pois o Fundador acreditava que desta forma, os deuses vinham assistir ao treino e ensinar. Antes das aulas, costumava entoar a oração Amatsu norito, uma oração de purificação, entre outras. Esta parte do treino não era do agrado de quase nenhum dos seus alunos, pois tomava muito tempo e tinham de estar a fazer uma vénia durante o tempo todo que O’Sensei estivesse a rezar. No final, ninguém conseguia levantar-se corretamente, pelas dores e dormência das pernas.
Não era macrobiótico.
Embora o fundador da Macrobiótica fosse um conhecido de Morihei Ueshiba, o próprio fundador não se dedicou a esta forma de vida, contrariando o que dizem muitos. O seu estômago não podia digerir bem o arroz ou outro cereal integral, por causa duma doença crónica. De qualquer forma, era quase vegetariano, embora comesse algum peixe, muito pouca galinha, quase nenhuma carne, de acordo com a senhora Sata Saito, esposa de Saito Sensei, que cozinhava todos os dias para o casal. Insistia, contudo, que os jovens comessem carne para ficarem fortes.
Embora bebesse um pouco de sake, os dias em que bebia muito - como quase todos os grandes mestres de Budo japonês - já haviam passado. Bebia um copinho e pouco mais. Preferia comidas típicas da sua terra natal, Wakayama. Gostava muito de caldos, tipo “nabemono”, com “konnyaku”, um alimento gelatinoso (fácil de comer para os velhos).
Quando viajava, muitos queriam ser otomo (acompanhante), não porque era fácil, pois ele era uma pessoa muito difícil, mas porque os anfitriões de O’Sensei serviam-lhe pratos muito requintados e em grande quantidade. Este, simpaticamente, aceitava, mas depois virava-se para o seu otomo, e em muitos casos foi Saito Sensei, e dizia, “eh, Saito...” e passava-lhe a bebida ou o prato. Assim, os otomo, comiam e bebiam bem e de boa qualidade, algo impossível na sua vida diária.
Em Iwama, quase tudo o que comia, ele próprio cultivava.
Era muito temido e irritava-se constantemente.
Sim, o Fundador do Aikido, embora tivesse uma grande barba de Pai Natal, não era propriamente um personagem simpático. Isto, claro está, para os seus alunos.
Seguindo a tradição de ensino do Budo no Japão, era sempre, e constantemente, severo com os seus alunos. Aliás, esta foi outra das razões pela qual Kisshomaru Sensei, o segundo Doushu, mudou o Aikido do seu pai.
Os agricultores temiam-no e corriam para atravessar os bosques rapidamente, para ir para os campo de arroz, tentando evitar cruzar pelas terras de Ueshiba Sensei, não fosse ele – ou os alunos - ir atrás deles aos berros e com um bokken na mão.
Quando o seu filho e os professores no honbu dojo começaram a mudar a sua arte, as zangas eram contínuas e realmente muito fortes. Quando este ia ao honbu dojo, daqui chamavam a casa de Saito Sensei para o virem buscar, pois estava sempre a gritar e a interromper os treinos. Se fosse a esposa de Saito Sensei a atender o telefone, ela irritava-se também, “Ele é o Fundador do Aikido, porque é que não lhe fazem caso?”, mas, depois, Saito Sensei tirava-lhe o telefone dizendo, “Sim, sim, irei buscá-lo. “ Saito sensei trabalhava para os caminhos de ferro Japoneses e por isso tinha a vantagem de poder viajar sem pagar. Ao chegar a Tóquio dizia: “O’Sensei, sentimos a sua falta, por favor volte para Iwama”. Não era bem verdade, pois quando ele estava fora, era um descanso para todos, ...mas era o dever.
A irmã maior de Hitohira Sensei, que estudou com o Fundador e obteve inclusive o Shodan dele, diz que quando O’Sensei chegava de Tóquioa, ainda estava furioso e gritava e gritava, praguejando no seu dialecto, enquanto dava saltos de raiva. Depois mergulhava o seu tenugui em água fria e colocava na cabeça para arrefecer e acalmar...
Em Iwama, as mães diziam aos filhos mal comportados: “se não te portas bem, levo-te a Ueshiba Sensei”! Tal era a fama do Fundador.
Fora do dojo, e principalmente com senhoras, era muitíssimo simpático e cómico.
O ensino
Sim, não era um grande professor, não da forma em que hoje vemos os professores. Ou seja, que não transmitia os seus ensinamentos de acordo com as normas do Ipdj, (ele nunca passaria num curso de treinador), mas a sua técnica era de facto fora do comum. Como há génios para a pintura, para a escultura, para a culinária, para a música etc., O’Sensei era um génio do Budo. Já muito velho, continuava a impressionar os seus alunos com a sua técnica. Tinha alcançado um estado de treino que o tornava quase invencível. O estado de alerta era constante, dia e noite. Falei com muitos antigos praticantes e todos falaram sobre este facto. A velhice e a doença, contudo, derrotaram este génio. Nos últimos anos de vida, já quase não se levantava e era Saito Sensei que dirigia os treinos em Iwama. De vez em quando fazia algumas demonstrações a pedido do Aikikai e de seu filho, mas nestas ocasiões, os uke não podiam tocar no Fundador, não fosse ele cair...e os uke terem de enfrentar Saito Sensei.....Para O’Sensei, o ensino era dedicado àqueles que realmente queriam aprender e mesmo estes tinham de fazer um grande esforço para captar rapidamente a sua técnica; esta era a forma de ensinar antiga. Algumas vezes demonstrava rapidamente uma técnica e ia-se embora; então os alunos tinham uma só oportunidade para captá-la.
Estilos de budo
Durante a sua vida, e principalmente nos últimos anos, O’Sensei chamou à sua via vários nomes. Desde Ueshiba Ryu Aiki jujutsu, Aiki budo, Tenshin Aikijujutsu Ueshiba Ryu....Quando Saito sensei começou a praticar, os aldeões falavam de alguém que praticava Ueshiba ryu Judo, nas florestas. Contudo, este nunca foi um nome por ele escolhido.
Saito sensei em frente ao velho Aiki-jinja, o que o fundador considerava como Ubuya, maternidade do aikido. |
Ubuya
O Fundador chamava ao dojo de Iwama o “Ubuya”, a maternidade do Aikido. Ele não formou o aikido em Iwama. Este processo de criar o seu próprio Budo, foi um processo longo, não acabado, pois o Budo de O’Sensei estava em constante movimento, em constante criação (daí, Takemusu Aiki). Contudo, foi aqui que estabeleceu as bases para esta Via. Estas, todas geniais, são ainda as bases que ali são praticadas.
A última fotografia de O’Sensei, depois da sua morte. |
A morte.
Dizem que morreu em Iwama. Isto não é verdade. Foi levado para Tóquio, para estar mais perto do hospital que tratava o seu cancro, e ali morreu. Em Janeiro de 1969, já estava em Tóquio, pois até participou no Kagami Biraki de 15 de Janeiro (quem já não viu o último filme de O’Sensei, muito débil vestido de branco a fazer uma demonstração totalmente surreal, sem tocar nos uke?).
14 de Dezembro
Quem estiver neste dia em Iwama, poderá ver o Doshu, hoje o sandai doshu que ali vai celebrar o nascimento Fundador. Neste dia faz rezas shintoistas no altar do dojo, num mini templo raposa em frente ao dojo e no Aiki Jinja. Depois das cerimonias religiosas, o Doshu come com os professores e com os uchideshi, dentro do Dojo. Aliás, todos os meses o Doshu vai a Iwama no dia 14, realizar esta cerimónia, tal como fez o seu pai Kisshomaru Sensei.
Interessante, certo? Há muito mais histórias -nem sempre bonitas mas interessantes - sobre a vida desde personagem absolutamente fascinante, Morihei Ueshiba, Aikido Kaiso.
Tristão da Cunha