sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Atemi waza 2: morote dori zu ate, kokyu nage

 Esta técnica de zu ate (atemi com a cabeça), utilizará a parte lateral da cabeça ( a parte superior do osso parietal); é, portanto, um yoko zu ate.

- Tori e uke encontram-se frente a frente em gyaku hanmi. Uke está em migi hanmi e tori em hidari hanmi.

- Uke desloca-se para o tori ligeiramente fora da linha de ataque, agarra o seu braço esquerdo e torce-o.

- Tori não se opõe a este movimento e deixa o seu corpo girar para fora na direção do torcer.

- Tori estica o seu braço esquerdo e comprime-o contra o seu rabo.

- Tori agarra o seu pulso direito com a mão esquerda e comprime estes agarros contra o seu corpo.

- Tori dá um grande passo para trás com o seu pé direito, passando por debaixo dos braços do uke.

- Tori baixa as ancas profundamente e aplica, com a parte lateral da cabeça, uma pancada às costelas flutuantes do uke.

- Tori volta a colocar o seu tronco do lado de onde veio sem, contudo, retirar a perna de onde se encontra.

- Tori endireita o seu tronco, estende a barriga para fora, e roda as ancas num grande movimento, tendo o cuidado de não retirar os pés de onde se encontram.

- A rotação das ancas irá bloquear o direito do uke e este sofrerá uma grande pressão que o desequilibrará. 

- Uke cai para trás de tori e tori permanece em zanshin.

- Repetir para o lado contrário.


Dicas:
É com a mão do braço que está a ser torcido que devemos agarrar o nosso outro pulso. Se não agarrarmos o nosso pulso, o uke poderá ter uma oportunidade de puxar o braço para cima, com a intenção provocar uma luxação no cotovelo ou mesmo quebrá-lo. 
Ao rodar o corpo para fora quando tori nos torcer o braço, é importante rodá-lo para fora da linha de ataque pois este movimento, além de ser mais lógico, irá desequilibrar o parceiro.
Para se poder aplicar o atemi eficazmente, tori tem de baixar as ancas profundamente. Desta forma, não terá de se dobrar (o que iria enfraquecer a aplicação do atemi) e também tori ficará mais estável numa posição que é comprometedora por estar à frente do uke.
É essencial voltar a colocar o tronco do lado de fora do agarro, pois projectar o parceiro com o ombro por debaixo dele é praticamente impossível porque todo o peso do parceiro poderá ser colocado em cima do nosso ombro.
Para poder projectar com kokyu, esticar bem o estômago para fora e rodar as ancas amplamente. 



Tori: Tristão da Cunha, 8º Dan
Uke: Gil Vargas, 3º Dan
Filmagens: Rui Pessoa Pires

Não praticar sem a presença de um professor.
Todas as pessoas envolvidas nos nossos vídeos e livros técnicos, autorizaram por escrito a utilização das suas imagens.



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Atemi waza 1: zu ate kokyu nage

Os kata de atemi waza foram codificados juntando várias técnicas de taijutsu existentes no aikido.

Muitas vezes os atemi são omitidos para nos podermos concentrar mais nos detalhes da técnica e/ou para economizar tempo de execução.

Saito sensei dizia que, no geral, existem pelo menos três possibilidades de executar atemi(s) em cada técnica. Contudo, muitos atemi são omitidos para se poder aumentar a rapidez de execução.

- Tori e uke encontram-se ambos em ai hanmi. Ambos estão em migi hanmi.

- Uke avança e agarra ambos os ombros de tori com o agarro ryokatadori.

- Tori rapidamente baixa as ancas e, com ambas as mãos, levanta bruscamente os braços do uke, pelos cotovelos.

- Tori repentinamente executa uma cabeçada com a testa (osso frontal do crânio) contra o plexo solar do uke.

- Antes que o uke consiga levantar o joelho para se defender, tori rapidamente desliza para trás com o pé esquerdo e ajoelha-se no joelho esquerdo, saindo ligeiramente fora da linha de ataque para a direita.

- Tori faz uma rotação das ancas para o lado esquerdo e projeta o uke, enviando o seu ombro direito para baixo e para a frente do uke, e "empurra o esquerdo por cima da sua orelha" [kuden].



Dica:
Ás vezes o agarro do uke é muito forte e é difícil tirar. Neste caso, aplica-se um atemi em cada cotovelo do uke, por debaixo (um tipo de haito uchi ou tetsu uchi ao contrário), com a parte de cima dos punhos fechados. De seguida agarram-se as mãos do uke e rodam-se para dentro até o uke largar. Rapidamente levantar os seus braços e deslizar as nossas mãos para baixo até agarrar os cotovelos do uke, para impedir que este os feche e bata nos lados da nossa cabeça, quando entrarmos para o atemi. Então, aplicar o zu ate ao plexo solar.


Vocabulário
Ryokatadori: agarrar os ombros com ambas as mãos.
Ryo: dois
Kata: ombro(s)
Dori/tori: agarrar

Tori: Tristão da Cunha, 8º Dan
Uke: Gil Vargas, 3º Dan
Filmagens: Rui Pessoa Pires

Não praticar sem a presença de um professor.
Todas as pessoas envolvidas nos nossos vídeos e livros técnicos, autorizaram por escrito a utilização das suas imagens.


quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Novos yudansha da Associação Portuguesa Aikishurendojo, em Estremoz

 No dia 19 de Setembro deste ano, foram examinados para shodan António Painha e Ricardo Brites. Estes dois praticantes começaram a prática há mais de 3 anos e têm evoluído  muito através da sua prática assídua.

O seu exame correu suavemente, sem problemas nem dificuldades, apesar de ter havido um periodo de paragem forçada, por causa da pandemia.

Também o Nuno Sousa passou para nidan, depois de um exame exemplar e muito fluido.

Estes três praticantes estão de parabéns. A dedicação ao treino destes 3 alunos teve muitos bons resultados e por isso é realmente um prazer para mim pronunciar as novas graduações dos mesmos.

Ganbatte! - continuem a perseverar! - como dizem os japoneses.



Na fila da frente da esquerda a direita, Ricardo Brites, Nuno Sousa, Tristão da Cunha e António Painha.