Estes quatro últimos artigos, debruçam-se sobre keri waza: técnicas de pontapés. Tenham cuidado para não se referirem a este conjunto de técnicas como ´geri waza´, pois significa técnicas de diarreia.
- Tori e uke encontram-se em ai hanmi. Ambos estão em hidari hanmi.
- A distância entre os dois é a distância de prática para técnicas tipo omote.
- Tori baixa as ancas e avança poderosamente na diagonal para a esquerda do uke, ao mesmo tempo que ataca a sua cara com o tegatana esquerdo.
- Tori agarra o cotovelo esquerdo do uke, por debaixo.
- Com este movimento, tori desequilibra o uke para trás.
- Assim que faz contacto com o braço do uke e o desequilibra, tori agarra firmemente o seu pulso esquerdo.
- Tori ´corta´ o braço do uke para baixo e para a esquerda, com um movimento em espiral..
- Tori levanta o seu joelho direito e aplica um mae geri à cara ou ao flanco do uke.
Para aplicar maegeri, treinar levantar e recolher os dedos do pé de forma a bater com a base dos dedos, principalmente a base do dedo grande.
- Assim que tori aplique o pontapé, deve entrar imediatamente entrar com o mesmo pé, por debaixo do corpo do uke, com vigor e também empurrar o seu braço para o lado e para baixo, “Como uma lança a perfurar o centro da terra.” [kuden]
- Tori acaba a técnica colocando o seu joelho direito no chão, ao mesmo tempo que o seu ombro bate contra o tatami. O controle final da técnica já foi explicado em artigos anteriores sobre o ikkyo.
Dicionário:
Hojoundo: Hojo significa complementar(es); undo significa exercícios [exercícios complementares].
Maegeri: Mae significa frontal; geri vem de keri, pontapé [pontapé frontal].
Makiwara: Maki significa um rolo, uma coisa enrolada; wara significa palha [tradicionalmente, os murros e pontapés são condicionados batendo contra um objecto de palha].
Dicas:
Saito sensei disse: “Baixar as ancas é importante para TODAS as técnicas do aikido!” Se baixarmos as ancas no momento do ataque, poderemos agarrar bem o seu cotovelo por debaixo e assim desequilibrar o uke com mais facilidade.
Ao entrar com o pé esquerdo, Tori acompanha o movimento com o seu pé direito.
Ao cortar o braço do uke para baixo, tori ficará mais estável se corrigir o seu pé direito, deslocando-o um pouco para a direita, de forma a que possa ajustar as ancas, para ficarem paralelas à linha do braço do uke.
O pontapé só é possível se o parceiro estiver desequilibrado. Por esta razão é que se deve primeiro "cortar o braço do aité para baixo, com um movimento espiral."
É importante praticar hojoundo, de forma a condicionar tantos as mãos como os pés, para uma correcta aplicação do atemi. Neste caso, a prática de makiwara é importante.
A mestre Mónica Sousa a aplicar esta técnica. |
Tori: Tristão da Cunha, 8º Dan
Uke: Gil Vargas, 3º Dan
Filmagens: Rui Pessoa Pires
Fotografia: por Tristão da Cunha
Modelos: Mónica de Sousa, 6º Dan e Marko Tomatis, 4º Dan
Gil Vargas, 3º Dan
Não praticar sem a presença de um professor.
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