segunda-feira, 11 de maio de 2020

Suwari waza katate dori dai nikyo ura

Tori e uke estão frente a frente em seiza, com a distância apropriada.

- Tori oferece a sua mão esquerda.

- Uke agarra o pulso esquerdo de tori com a sua mão direita.

- Tori sai fora da linha de ataque como para ikkyo omote ou ura e aplica atemi à cara do uke, com a sua mão direita.

- Uke defende do atemi com a sua mão esquerda, desviando-o para fora para o lado direito.

- Tori agarra a mão direita de uke por cima, como para ikkyo omote ou ura.

- Tori rapidamente coloca o seu joelho esquerdo junto do joelho direito do uke e gira o seu corpo para trás, abrindo e alinhando-se lado a lado com o uke.

- Ao mesmo tempo que tori gira o corpo, deve trazer o pulso do uke para o seu ombro.

- O agarro do pulso do uke deve ser por debaixo, com a sua mão esquerda.

- Tori, comprimindo a mão do uke contra a base do seu ombro esquerdo, gira as ancas e os ombros na direção do uke, dobrando assim o seu cotovelo para fora.

- Tori inclina-se na direção da cabeça do uke e aplica pressão sobre o pulso direito do uke.

- Tori, sem desconectar a mão do uke da posição em que se encontra (e sempre aplicando a pressão do nikyo), coloca o seu tegatana esquerdo por debaixo do cotovelo do uke e gira o seu corpo para fora.

- Tori, ao rodar para trás, faz pressão no cotovelo do uke para baixo e força-o contra o tatami, junto do seu joelho esquerdo.

- Tori ajusta o joelho direito, colocando-o frente à cabeça do uke.

- Tori muda de agarro, completando a imobilização, tal como fez para as outras formas do nikyo omote ou ura.

 Repetir para o lado contrário.

Dicas: é importante que, ao aplicar a pressão sobre o pulso do uke, tori não deixe a base do seu polegar "descolar" do seu peito, pois assim uke poderá retirar a mão.
Ao rodar o uke para fora, depois de aplicar a pressão dolorosa, o tegatana deve estar por debaixo do cotovelo do uke e a pressão deve ser primeiro de baixo para cima e depois para fora e para baixo, num movimento em espiral.
Na imobilização final, não esquecer de que um joelho deve estar bem comprimido junto à axila do uke e o outro em frente à sua cabeça. Depois, deve comprimir um joelho contra o outro, comprimindo desta forma a cabeça do uke, imobilizando-o completamente.
Na técnica real, ao trazer o uke para baixo, o uke deve ficar enfiado directamente entre os dois joelhos, contudo, esta forma é muito severa para o parceiro e por isso, durante a prática, deixamos ao uke um pouco de espaço para se ajustar, sem se magoar. Mesmo assim, não devemos deixar aberturas que o uke possa aproveitar para escapar.


Tori: Tristão da Cunha, 8º Dan
Uke: Gil Vargas, 3º Dan
Filmagens: Rui Pessoa Pires

Não praticar sem a presença de um professor.
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